sexta-feira, 14 de março de 2014

METE BRONCA (O Ensaio de Aline Franzoi para a Playboy)

            No “Kama Sutra” há um capítulo que carrega o seguinte título: “Sobre Mulheres Agindo Como Homens”. Que instrui a concubina a se tornar ativa durante o concurso sexual, com o fim de que, em função de uma eventual exaustão, seu parceiro não receba menos prazer do que merece.
            O que também pode resultar de uma curiosidade mútua.
            Tratando-se, apenas, de uma inversão de funções; e não, de axiomas.
            Com isso, se preservando a máxima de Nelson Rodrigues: de que “com exceção das normais, nem toda mulher gosta de apanhar”.
            E, em decorrência disso, principalmente, nos Estados Unidos da América, se difundiu a prática da “Luta Livre Mista”. Em que um cidadão paga para ser subjugado por uma mulher. A qual, com pouca, quando não, nenhuma roupa, o humilha em um combate; em que o cujo crê que é homem apenas por causa de um acidente fisiológico.
            Ou seja, o mote que de “norte” serviu para a edição de Nº460 da Playboy de setembro de 2013. Posto que Aline Franzoi, a estrela do mês, é conhecida por exercer o ofício de “ring girl”, durante as lutas do UFC. Ofício que é capacitada a exercer devido à idoneidade que tem para atiçar a libido de uns e afrontar o sex-appeal de outras.
            Com o adendo de sua forte fisionomia italiana. Que acentuada é pelo olhar compenetrado que joga contra a câmera.
            Contudo, o cisma entre ficção e realidade é pontuado pelo colar “La Duquesa” que, teoricamente, impede que a sua nudez consumada seja.
            Sendo que tudo tramado foi pelo fotógrafo Christian Gaul. Que, inicialmente, se inspirou no fato de que “Aline” é o anagrama de “Alien” para utilizar, na capa da publicação, uma foto em que são detectados os códigos visuais que caracterizam o traço de H. G. Giger – o artista plástico que criou o “Oitavo Passageiro”.
            Depois, ele dá o ritmo de uma fotonovela estilizada ao ensaio.
            Começando no interior de uma limusine. Onde Aline aparenta acometida por um mal-estar estar. Talvez, causado por uma ansiedade. Cujas intempéries fazem com que adote uma postura defensiva, ao vedar sua “vergonha”.
            Do lado de fora do veículo, na cena seguinte, ela recupera a força e apresenta um porte mais agressivo. Mas que não se intensifica, por conta da sua depilação brasileirinha. Onde o clitóris some sob a semelhança que tem com uma cicatriz.
            Consequentemente, na cena sucessória, se inicia uma série de “frente e verso”. Que imita um catálogo esportivo. Com o corpo dela servindo de pivô para a exibição de produtos que podem ser aproveitados em qualquer academia.
            Entretanto, o que interessa é aquilo que pode ser utilizado em qualquer motel.
            Logo, junto às cordas de um ringue de boxe, Aline demonstra sua versatilidade, ao externar o equilíbrio que vinga entre os seios e as nádegas.
            Nádegas que são suculentas, como um par de mangas; enquanto que os seios fazem com que o mais maduro dos marmanjos se renda ao “Complexo de Édipo”.
            Depois, em um exercício nas argolas, em que parece ser regida por um titereiro, Aline refresca os desejos alheios com a suavidade de suas curvas.
            E, por fim, ela enfrenta a exaustão, ao se sentar em uma cadeira dobrável de aço.
            Uma cadeira que poderia ser autografada e vendida para algum pervertido. Que teria nela um elo com a intimidade de Aline.



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