quarta-feira, 18 de junho de 2014

50 TONS EM VERMELHO (O Ensaio de Amanda Gontijo para a Playboy)

            “‘E a criatura tinha de ser ruiva?’, perguntou o Bispo. ‘Era sine qua non?’
            ‘Absolutamente’, Duclos respondeu. ‘Essas mulheres, como o Monsenhor sabe, exsudam um aroma subaxilar infinitamente muito mais violento, e seu sentido de olfato uma vez excitado, não há dúvida a esse respeito, por odores amadurecidos, exacerba imediatamente seus órgãos de prazer’.
            ‘Claro’, concordou o Bispo. ‘Mas, por Deus, acho que teria preferido cheirar o ânus dessa mulher, a fungar na sua axila’.”
            Todavia, esse diálogo, em que há um câmbio de deliberações, entre um senhor e sua cortesã, em relação a uma concubina de cabelos encarnados, foi extraído de “120 Dias de Sodoma”. Uma obra que foi concluída, em 1786, por Donatien Alphonse François de Sade, o famigerado Marquês de Sade; durante a época em que “puxou cana”, na Bastilha. E que, por conta das intempéries do período, se perdeu. Só sendo recuperado, em sua não totalidade, editado, por Maurice Heine, e publicado, pela Sociedade do Romance Filosófico, em três volumes, nos anos 1930.
            Ademais, outras peculiaridades relacionadas às ruivas podem ser captadas através da edição de Nº 468 da Playboy de maio de 2014. A qual, dando prosseguimento à série de desnudamentos de ícones televisivos, que, na publicação precedente, exibiu Gaby Potência, como estrela do mês, apresenta Amanda Gontijo. Que, como uma cafetina da própria estética, só conseguiu projeção nacional ao participar do programa “Big Brother Brasil 14”, da Rede Globo de Televisão.
            Inicialmente, podendo concluir que, sob a cabeleira vermelha de Amanda, há um agrado da natureza: um rosto alongado. Que lhe atenuará os nocivos efeitos do tempo. O que, ao lhe conservar o charme, por um tempo indeterminado, determinar-lhe-á uma longevidade sexual.
            Com isso, suscitando a seguinte questão: “Qual o destino que terá?”
            Já que, quando inquirida, em uma breve entrevista, sobre a possibilidade de trocar a “pica” pelo “velcro”, como resposta, ela deu concisão da incógnita.
            Até lá, sendo preservada pela concepção artística do fotógrafo Marlos Bakker – que se notabilizou por ter respondido pelo ensaio de Thaiz Schmitt, em dezembro de 2013. E que levou Amanda à suíte Lush Lounge, do Lush Motel, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
            Onde a cuja exibiu algo que é “démodé” na pornografia contemporânea: pelos pubianos.
            Que lhe conferem um tom de ferrugem à vulva. A qual, como uma pira, paira sobre grossas coxas.
            Mais o fato de se tratar de uma mulher tetuda. E que, contudo, não convence. Já que os mamilos, embora eriçados, não possuem a agressividade que é inerente a quem se compraz com a nudez.
            Talvez, mais por naturalidade do que por timidez. Posto que (como se sabe) ela faz da exploração não invasiva do corpo o seu ofício.
            Enquanto, por trás, traz uma bunda caprichada. Que a habilita a efetuar o coito em locais alternativos – sujeitos à escassez de prazo e dimensão. Como o banheiro de um avião, uma cabine telefônica ou o confessionário de uma igreja.



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