quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Da Série "Sonetos Para a Juventude": À MODA MOD

            Sob as luzes que rasgam a noitada
            Dentro duma balada abarrotada
            Eu me esgueiro e escorrego, na paulada
            Dum raro “roquenrou” – à moda Mod           

            Pra contar as batidas incontidas
            Dum coração bastante palpitante
            Ao segurar a teta da garota
            Que, à margem do palco, está tão só           

            E se sente, no ato, muito grata
            Àquele que, quiçá, será chamado
            Um dia, pelo rebento seu de pai           

            Se valendo dum rápido bambeio
            No qual usa o balanço da sua bunda
            Pra se apropriar do meu dito pau




Todavia, há um ditado que afirma o seguinte: "a boa mulher é aquela que perdeu a virgindade e manteve a classe". Contudo, como é possível manter a "classe" se se cultua o axioma que prega que "o aspecto proveitoso da fidelidade é que ela comprova o quão prazerosa é a promiscuidade"?
Simples: criando uma sociedade paralela. Em que a distorção social transforma a fraqueza em virtude.
Assim, um grupo de misses embarcou em uma cruzada contra a real razão de seu fracasso: a competência alheia. E se deparou com o sucesso da incompetência: ou seja, o acaso.

 


A Quadrilha das Misses Assassinas*


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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Coluna SNACK BAR - O Lado B da Humanidade: A NOVA SAGA DO CLÃ TAIRA ( Versão 001)

http://mochileiromistico.blogspot.com.br/2014/11/da-serie-sonetos-para-juventude-guarda.html



            No outono de 2016, a Cinemateca Brasileira, situada em São Paulo, exibiu o filme “A Nova Saga do Clã Taira”. Uma película, em 16 milímetros, datada de 1955, em que, sob a direção de Kenji Mizoguchi, se mesclou a ficção com a realidade ao tratar de uma trama ambientada, em 1137, no período Heian, em Kyoto – a, então, capital do Japão.
            Onde o âmago da história nasce do fato de que seus habitantes se perdiam em meio a um conflito de forças criado por Shirakawa, o imperador emérito, Fujitsu, o regente vigente, e os monges Palanquins, do templo de Hiei.
            Tal qual ocorria com a mente de Kiyomori Taira – cuja interpretação ficou ao encargo de Raizo Ichikawa. Que, por ser filho de Yasuko, uma cortesã – desempenhada por Michiyo Kogure –, não sabia se tinha por pai Shirakawa – vivido por Eijirô Yanagi –, ou Tadamori Taira, o samurai – personificado por Narutoshi Hayashi –, que, por ordem de seu líder, o tomou como herdeiro, ou de algum monge devasso.
            Contudo, a condição se faz “mãe” da sua razão quando, com o fim de conter a ascensão dos samurais – que, de forma bíblica, assumiram a função de juízes –, o Ministro da Esquerda manda sequestrar Tadamori.
            Mostrando que a esquerda não presta em qualquer lugar do tempo ou do planeta.
            Quando, como um autêntico conservador, Kiyomori coloca a honra – o maior legado de sua formação – acima de tudo e, liderando o Clã Taira, vai, na “base do tapa”, resgatar aquele que lhe é o verdadeiro “velho”.




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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Da Série "O Sangue Derramado": OS VIVOS NÃO MORREM ONDE OS MORTOS NÃO VIVEM - PARTE 001

PARTE 001

            Em meio à razão da noite, um pastor-belga se materializa, graças à distante luz da lâmpada de vapor de sódio de um poste. Que era refletida por seu lustroso pelo, pelos enigmáticos olhos e repousava na fumaça em que, em função do forte frio, sua respiração se transmutava. Enquanto observava um cidadão que, junto ao tal poste, fumava.
           
            - Você não me disse que era tabagista – comentou uma moça pálida que, com uma bolsa pendurada no ombro, do tal sujeito se aproximou. Uma mulher que aparentava ter acabado de sair da adolescência. E se distinguia por possuir lábios carnudos e pintados de preto, grandes olhos azuis, que eram “exotizados” por uma maquiagem em estilo egípcio, e por ostentar um penteado em modelo colmeia, que, devido à sua pouca idade, levava a deduzir que era mais inspirado em Amy Winehouse do que em Elvira, a Rainha das Trevas.
            - Quer uma cigarrilha Zino, Beatriz? – ele perguntou, ao notar que, em decorrência do decréscimo de distância, dois “piercings” de ouro branco destoavam do rosto da criatura. Um captive, no lábio inferior, e um barbell, na sobrancelha. Consequentemente, também inferindo que o descoramento da cuja era causado por um problema de circulação sanguínea. Já que a roupa de couro preto, que ela usava, era tão apertada que a fazia, aparentemente, ter mais massa do que sua pouca carne, em outra circunstância, daria a entender.
            - Mais tarde, Emeric. Bem mais tarde. Se valer a pena – Beatriz respondeu, sem se concentrar no discurso. Visto que se deslumbrava com o comprimento exacerbado do rabo-de-cavalo dele.
            - Valerá – Emeric “contra-argumentou”, sem perder um detalhe da cuja. Como as pontas de uma tatuagem que lhe subia pelo pescoço.
            Todavia, em acordo com uma proposta preestabelecida, e aprovada por ela, dele – que tinha o propósito de poupá-los de algum possível acanhamento –, o duo perpetrou seu primeiro contato por meio de um breve ósculo; em que se tocaram com o canto de suas bocas.
            - Você é mais bonito do que eu esperava – Beatriz observou, ao se encantar com a doce malignidade que as espessas sobrancelhas outorgavam às vistas do cujo. Em que as íris sustentavam um tom achocolatado tão intenso que, por vezes, resvalava em uma pigmentação avermelhada. E concluiu: - Inclusive, suas fotos se parecem com pinturas.
            - É um truque.
            - Truque?
            - Espalham-se algumas pinturas hiper-realistas pela internet; para, na hora do “vamos ver”, surpreender.
            - Tem mais algumas surpresas aí?
            - Algumas.
            - O que é isso? – ela perguntou, ao se intrigar com a sacola cinza que ele carregava. Que, em função da iluminação pública, às vezes, adquiria uma tonalidade esverdeada.
            - Um macio colchonete.
            - Você sempre pensa em tudo?
            - O demônio se esconde nos detalhes.
           










"Em 'A Quadrilha da Misses Assassinas', quatro misses fracassadas se bandeiam para o lado do crime, ao descobrirem que é no meio das pernas que mora o perigo."

http://www.clubedeautores.com.br/book/124263--A_Quadrilha_das_Misses_Assassinas?topic=ficcao#.WCC_hIWcHIU

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